quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Doença de Alzheimer na Nutrição


A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva, heterogênea nos seus aspectos etiológico, clínico e neuropatológico. A DA faz parte do grupo das mais importantes doenças comuns aos idosos que estão relacionadas, desde os estágios precoces, com um declínio progressivo funcional e uma perda gradual da autonomia que, em consequência, ocasionam, nos indivíduos por ela afetados, uma incapacidade funcional total.

Como ainda não se conhece completamente a etiopatogênese da DA, não é possível curar a doença, entretanto podemos fornecer um cuidado bem sucedido, uma vez instalada a enfermidade. Sabe-se que o diagnóstico precoce e preciso, a intervenção interdisciplinar, o envolvimento da família e dos grupos de apoio são de fundamental importância na abordagem de pacientes com DA.

Alguns estudos relatam maior prevalência da DA em indivíduos que consomem dietas ricas em colesterol, gorduras saturadas, pobres em fibras, vegetais e frutas.

Impactos da Doença de Alzheimer (DA) no Estado Nutricional

Um dos principais fatores que ocasionam a desnutrição, talvez o principal é a incapacidade funcional. Muitos idosos, quando perdem a sua capacidade de discernimento, começam a esquecer de se alimentar ou esquecem os valores nutritivos das refeições. À medida que se isolam socialmente, começam a perder a capacidade de fazer as suas compras; deprimem por se alimentarem sozinhos, mudam os seus hábitos alimentares. Com sua capacidade funcional afetada, os idosos deixam de preparar as suas refeições, alem de não conseguirem se alimentar sozinhos em uma fase mais avançada. Inexplicável perda de peso ocorre na DA. A perda de peso e a caquexia são achados importantes em paciente com DA, sendo considerados sintomas para a definição do diagnóstico

O idoso que apresentar um risco nutricional necessita de suplementação nutricional para evitar a desnutrição; caso já esteja apresentando um comprometimento em relação a deglutição (ato de engolir) a presença do fonoaudiólogo é fundamental para a manutenção da via oral, ao longo da doença, o que impacta positivamente a qualidade de vida. Devido aos distúrbios de comportamento, o paciente aumenta o seu gasto energético e diminui a sua ingestão alimentar. A dificuldade de lidar com esses idosos aumenta no que se refere à alimentação.

Precisamos usar a nossa criatividade, pois dessa forma vamos percebendo que pequenas intervenções fazem grandes diferenças.


Bibliografia:

Escrito por: Vanuza Freitas - Nutricionista

Guigoz Y. The mini nutritional assessment(MNA) review of the literature. Journal of Nutrition, Health and Ageing, v. 10, n. 6, 2006.

Nutrição no Envelhecer. Andréia Abdala & Eliane de Abreu Soares (org.) São Paulo: Editora Atheneu, 2002.




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